A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai
investigar as acusações feitas pelo coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior,
ao jornal Extra, dizendo que o pastor Marcos Pereira, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias
(ADUD) é o mentor dos atentados promovidos pelo tráfico em 2006 e 2010.
Júnior também alega que o pastor teria
encomendado sua morte por se sentir ameaçado pela ONG que, assim como ele,
trabalha para ressocializar dependentes químicos e criminosos. Ao ler o jornal
com as denúncias a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha pediu para que a
delegada Valéria Aragão, da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) se empenhasse
para investigar o caso.
Para começar, a delega Valéria vai
recolher o depoimento de José Júnior, das testemunhas indicadas por ele e só
depois o líder da ADUD será convocado para prestar esclarecimentos.
“Só depois que ouvirmos o José Júnior
poderemos definir os crimes que vamos investigar. As denúncias são sérias: de
envolvimento com o tráfico e de ordenação de ações violentas nas ruas do
estado”, disse ela que também vai buscar informações sobre um inquérito aberto
pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que existiu antes da Dcod,
que investigou o pastor na época do governo de Rosinha Garotinho.
Pastor se defende de acusações
Na noite desta quinta-feira (1) a
assessoria do pastor Marcos Pereira enviou uma nota para a imprensa dizendo que
ele entraria com processo judicial já que as denúncias de José Júnior
“agrediram” a sua honra. Os advogados do líder da ADUD haviam marcado uma
coletiva de imprensa, que foi cancelada porque o líder estava de jejum.
Na nota enviada estava escrito que
Pereira ficou surpreso e indignado com as acusações. “Durante muitos anos,
atraímos o olhar desconfiado de muitas pessoas, o que me colocou sob
investigação e monitoramento intenso e permanente dos órgãos policiais, sem que
nenhuma, repito, nenhuma ligação minha ou da igreja que presido tenha sido
identificada. Trabalhar com criminosos visando a sua recuperação é diferente de
se envolver com criminosos, e esta fronteira eu nunca ultrapassei”, disse ele.
Com informações Jornal Extra